quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

HISTÓRIA, MEMÓRIA E POLÍCIA MILITAR: OS ESPORTES E A “VOLTA DA CIDADE CEL FONTOURA” EM BELÉM. (1937-1975)


HISTÓRIA, MEMÓRIA E POLÍCIA MILITAR: OS ESPORTES E A “VOLTA DA CIDADE CEL FONTOURA” EM BELÉM. (1937-1975) 

Introdução

 A partir de fontes documentais, memorialísticas, é possível construir um estudo inicial sobre os militares como sportmen, as práticas esportivas e,  especificamente, a corrida “Volta da Cidade” que se iniciou na cidade de Belém do Pará no ano de 1937.
Através do estudo dos documentos oficiais e a memória dos sujeitos sobre a corrida de rua denominada “Volta da Cidade”, criada no ano de 1937 e patrocinada pela prefeitura de Belém, é possível perceber a homenagem à data de 25 de setembro, o dia em que se comemora a vitória da tropa da Polícia Militar do Pará na guerra de Canudos, no ano de 1897, e o Coronel PM Antonio Sergio Dias Vieira da Fontoura como patrono da Instituição policial militar.
Essa perspectiva de estudo amplia o conhecimento histórico sobre a relação dos militares e a sociedade belenense dos anos de 1937 a 1975, a partir das edições da corrida que passou a ser reconhecida como “Cel Fontoura”. Um discussão que na proximidade da comemoração dos duzentos anos da Polícia Militar do Pará explicita parte da história e da memória de “atletas-militares”, dos clubes de bairro e da vida castrense através das atividades esportivas na capital paraense. 
 
1 – Belém do Pará: Militares, clubes suburbanos e os festivais esportivos. 

Segundo CANCELLA (2012, pp. 118-141) , no ano de 1922 a organização dos jogos olímpicos latino-americanos contou com a atuação direta dos militares, seja como integrantes ou como atletas. A autora destaca que as atividades físicas regulares já eram identificadas nestas instituições desde o início do século XIX, sendo desenvolvidas a partir de exercícios característicos da profissão militar.
Essa aproximação dos militares com as atividades físicas estava relacionada à possibilidade do desenvolvimento de habilidades fundamentais para o exercício militar que, posteriormente, passaram a ser realizadas também em caráter esportivo como a natação, a esgrima e a equitação (Idem).
A participação dos militares na difusão dos esportes, no início do século XX, na capital paraense, é percebida nos clubes suburbanos e seus festivais, assim como nos Clubes considerados elegantes.
Inicialmente, até a década de 1920, o discurso estava mais voltado para uma representação das elites locais. Com o decorrer dos anos, a participação das camadas populares nas práticas desportivas levou o esporte a ser pensado como uma forma de “adestramento” para defesa da nação. Essa ideia ficou mais fortalecida no Brasil a partir dos anos de 1920 a 1930. 
Segundo Castro (2002), na sua Obra “Invenção do Exército Brasileiro”, o cenário internacional desse período “apontava para um crescente descrédito da democracia liberal, em favor das visões politicamente autoritárias à esquerda e à direita”. E “a partir de 1930, o conteúdo das mensagens veiculadas sobre Caxias e o dia do soldado não enfatizava somente a legalidade e a disciplina, mas também a fusão do Exército com a nação". (Idem. p. 22)
Esse discurso em 1937 também pode ser lido no âmbito dos “exércitos estaduais”, no caso a Polícia Militar do Pará, que com a intenção de fortalecer um ícone, assim como o Exército fortaleceu Caxias e as Histórias da Guerra do Paraguai, fortaleceu-se O Coronel Antonio Sérgio Dias Vieira da Fontoura e as Histórias da guerra de Canudos. Um mito da Disciplina Policial Militar. 

1.1 A Volta da cidade

No dia 20 de julho de 1937, temos um ofício assinado pelo comandante Geral da Polícia Militar do Pará, Coronel José Manoel Ferreira Coelho, convidando o clube São Domingos e seus atletas para participarem da corrida “Volta da Cidade”, organizada por essa Instituição Militar. (Ofício s/n da Polícia Militar do Estado ao Clube São Domingos, 1937)
Esse ofício-convite nos possibilita perceber, nos anos de 1930, a participação dos militares e dos clubes nos festivais juntamente com atividades físicas em geral, e o discurso voltado para “pujança e a belleza physica e moral da nossa raça”.(Idem.) [1]

Imagem 1 - Oficio assinado pelo Cel Ferreira Coelho para o São Domingos do Jurunas
       Fonte: Arquivo documental do São Domingos do Jurunas/ Belém do Pará 

Ao imaginarmos o mapa do percurso original da primeira corrida denominada “Volta da Cidade”, no ano de 1937, patrocinada pela prefeitura de Belém, é possível um itinerário que percorria o centro e o subúrbio da capital paraense. O ponto de saída e de chegada estavam vinculados à Praça da República. Iniciava-se a corrida pela Avenida Nazaré, passando pela Avenida Independência, Largo de São Braz, Avenida Tito Franco, Travessa Lomas Valentinas, Avenida Pedro Miranda, Rua Bernaldo Couto, Travessa D. Pedro, Avenida 1º de Maio, Rua Gaspar Vianna, Avenida 15 de agosto, e por fim Avenida da Liberdade. Algumas ruas e avenidas permaneceram os nomes, outras mudaram, como: A Avenida Independência atual Magalhães Barata; Avenida Tito Franco, a atual Almirante Barroso;  Avenida 1º de maio, a atual Senador Lemos; Avenida 15 de agosto, a atual Presidente Vargas; e por fim, Avenida da Liberdade, a atual Oswaldo Cruz.


Imagem 2 - Uma montagem do mapa da "Volta da Cidade" e seu itinerário. Coronel Fontoura e o troféu "Volta da cidade". 


















Imagem 3 - Regulamento da corrida - citação do itinerário da prova
 Fonte: Arquivo documental do São Domingos do Jurunas/ Belém do Pará 

Imagem 4 - Coronel PM Ferreira Coelho- CMT GERAL DA PMPA - 1937.

Fonte: Museu Histórico da PMPA

No regulamento da competição denominada “Volta da Cidade” existia a previsão de convite aos vários setores da sociedade, inclusive os “Clubs Sportivos” para participação do evento esportivo, que ocorreria no mês de setembro de cada ano a partir daquela data em comemoração ao dia da Polícia Militar do Estado[2]. Essa previsão de convite aos clubes como o São Domingos, por exemplo, nos mostra uma ligação do esporte com a sociedade da época e principalmente, uma maior interação entre os membros da Polícia Militar e a sociedade. A ideia de ação repressora existia, no entanto, o patrocínio da prefeitura para a corrida e a interação entre atletas nos mostra uma história também de mediação e convivência entre militares e civis.   
Conforme podemos perceber na transcrição do relato da terceira corrida “Volta da Cidade”:

Congratulações. – Revestiu-se da mais linda perspectiva a realização, no domingo transáto, ao esplendor suave da manhã, da sensacional corida rústica << Volta da cidade >> entre deportistas militares e várias corporações e civís de vários núcleos, tanto deste como de outros Estados.
 A’s 8 horas em ponto, quando já era grande o entusiasmo e incontestavel número de pessoas de todas as classes sociais, entre as quais realçavam as autoridades civis e militares, teve inicio a empolgante prova esportiva, com a partida dos corredores em número de 225, da avenida da Liberdade com a dita Assis de Vasconcelos.
Nesse instante, a banda de música do C.M.B.S., prorrompeu num vibrante dobrado e palmas populares incentivaram os corredores, dando, assim, logo de início, um brilho e valor extraordinários à corrida pedestre sob o patrocínio da P/M, em homenagem à data de 25 de setembro, dia do soldado, paraense.
A’ passagem dos dez primeiros corredores pelos postos de Nazaré, São Braz, Lomas Valentinas, Pedreira e doca Souza Franco ara vivamente anunciada por um megafone colocado em frente ao palanque oficial e o povo, ouvindo cantar os logares que iam sendo conquistados pelos mesmos, fremia de entusiasmo e aplauso.
O primeiro corredor a atingir a raia de chegada, ás 8 e 47 minutos e 52 segundos, sob uma chuva de palmas, foi o 2.º tenente Luiz Amaro Bezerra, valoroso atleta do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará, que, desde o 1.º posto tomou a dianteira ; o 2.º Alexandre Manoel Teixeira Quadros, atleta do Clube Corintians ; o 3.º, Carlos Augusto dos Santos Pinto, do Club Sul América ; o 4.º, Joaquim Rodrigues da Costa, soldado do B/C ; o 5.º, Antonio da Silva Fonteles ; o 6.º, Joaquim da Silva Bittencourt ; o 7.º, Osmundo Ribeiro dos Santos ; o 8.º, Manoel Neves ; o 9.º Amelio Gibson, e o 10.º, José Paulo de Farias, etc.
Desde o primeiro ao último corredor a  chegar à méta dessa jornada caracteristicamente brasileira, o povo, que se derramava aglomerado ao longo das avenidas Liberdade, da República e adjacencias, recebeu com eloquentes manifestações de regosijo através de estrondosas palmas e acaloradas ovações, recompensando, assim, com seu estímulo moral e sua nobre educação, os distintos desportistas que, de maneira tão expontânea e valorosa, tudo fizeram para elevar ao mais alto grau o esporte regional. (MARRECA, 1940)

 
Dessa maneira, percebe-se a participação do público, banda de música, todas as características dos festivais esportivos e futebolísticos que ocorriam na cidade. Tais eventos eram comuns, com a participação inclusive dos setores militares, principalmente no decorrer da década de 1930, momento em que a prática esportiva, dentre elas as futebolística aumenta na urbe. Esses eventos esportivos foram construídos culturalmente desde a chegada do Football em Belém, como também a prática de outros esportes como o pedestrianismo, uma prática que ocorria na cidade desde o final do século XIX.

2 - Anastácio das Neves e Abelardo: a memória da Corrida.

Imagem 5 - Prefeito Abelardo Condurú em 1937. Abaixo, o historiador Maj Charlet entrevistando o Cel Anastácio das Neves.

Fonte: Museu da PMPA. 

O Cel PM Claudomiro Anastácio das Neves, em entrevista realizada com o Historiador Major Ronaldo Charlet no dia 20/05/2016 destacou a importância da corrida “Volta da Cidade” como um fator que mostrava a relação tênue entre militares e as atividades esportivas na cidade. Segundo ele, assim como estava no regulamento os clubes esportivos participavam juntamente com os militares das atividades esportivas, como esta corrida de rua   que ocorreu dando realmente uma “volta na cidade”. (NEVES, 2016)
O entrevistado iniciou a carreira como soldado. Em 1947 foi declarado Aspirante à Oficial. Chegou a patente de Coronel. Formou-se como Instrutor no Curso de Educação Física do Exército. Participou e ajudou a organizar a corrida “Volta da Cidade”, além de participar de outras modalidades esportivas pela Polícia Militar que participava dos festivais esportivos, segundo ele, com outras forças militares. (Idem)
Esse relato enfatizado pelo Coronel Anastácio das Neves nos apresenta um contexto que a cada ano proporcionava um evento esportivo de grande relevância para cidade, pois, além de comemorar a vitória da tropa militar paraense em Canudos, conforme afirma GAIA(2013) “no Pará a investida na criação de rituais e cultos, a atuação da Polícia Militar em Canudos como uma forma de construir uma imagem forte para Instituição.” 
O relato de Anastácio das Neves corrobora com a ideia de fortalecimento da Instituição PM nos anos de 1930 para 1940, pelo menos no discurso do Comandante Geral Coronel Ferreira Coelho que referenda uma corrida em homenagem ao 25 de setembro com objetivo de “vermos a milícia paraense galhardamente colocada no verdadeiro plano de progredimento material, moral e educativo.”(MARRECA, 1940).

Imagem 6 - O Militar e atleta Abelardo Costa em vários momentos.
                                            Fonte: Museu da PMPA.

A corrida “Volta da cidade” nos de 1960 e 1970, passou a ser chamada de corrida “Cel Fontoura”, pelos membros da Corporação e pelos atletas que participavam. No final dos anos de 1960, senta Praça como Soldado na Polícia Militar o jovem Abelardo Neves Costa, que no decorrer das edições da corrida vai ser o maior vencedor com 10 primeiras colocações ao longo dos anos.

Imagem 7 - Abelardo e sua equipe no ano de 2000 no batalhão de Choque.

  Fonte: Museu da PMPA. 

A memória de Abelardo, como ficou conhecido, na Corporação resgata os valores ressaltados pelo Coronel Anastácio das Neves, e também enfatiza um praça que passa a ter um maior prestígio por parte de pares, subordinados e superiores na PM e justamente a partir de suas vitórias no esporte, especificamente na corrida de rua. Fruto de muita dedicação, como declarou Abelardo: “assim que entrei na Polícia Militar no ano de 1969, passei a treinar na equipe de corrida e não saí mais, pois passei a ter bons resultados nas corridas de rua, com o decorrer dos anos comecei a treinar a equipe de atletismo”. (COSTA, 2016)
   É possível perceber nos dois discursos o culto à imagem de Fontoura, que passou a ser a grande comemoração da Polícia Militar do Pará. A corrida pertencia a esse rito de homenagens que ocorriam no mês de setembro. No entanto, para além do ritual é possível enxergar nas vitórias de Abelardo uma valorização das atividades esportivas e o prestígio desse sujeito junto aos diversos setores sociais na Corporação e fora desse ambiente. Uma História da Polícia Militar contada pela vida esportiva de uma praça atleta.

Considerações finais 

Ao finalizarmos este texto é possível perceber que os sportmen não eram somente membros dos clubes esportivos dos bairros elitizados ou dos subúrbios, mas homens que também pertenciam às fileiras das Corporações Militares que circulavam nos clubes e tinham sua vivência nos quartéis.
Temos detalhes do lazer e das disputas esportivas que aconteciam em Belém dos anos de 1920 e 1930, um contexto de mudanças políticas e de construções culturais a partir de experiências dos sujeitos que se voltavam para o discurso regional e político nos anos do governo José Malcher e no caso da Polícia Militar do Pará, o seu Comandante Geral Coronel Ferreira Coelho, que juntos buscaram fortalecer a Instituição Militar do Estado através do culto a memória de Canudos e seu líder Cel Fontoura.

Imagem 8 - Governador José Malcher em 1937.
                                           Fonte: Museu da PMPA.

Neste período, os discursos sobre identidade regional se alinhavavam aos discursos das práticas esportivas. Estas buscavam controlar e "instruir" os diversos indivíduos.
No caso das tropas, o discurso estava voltado para o preparo "técnico militar", que com a chegada dos anos de 1930 ficou muito ligado as práticas políticas de Vargas e seus aliados como Magalhães Barata e José Malcher.
Por fim, enfatizar que estudar os relatos memorialísticos dos sujeitos que vivenciaram a corrida “Volta da Cidade” como o Coronel Anastácio das Neves, que participou da prova nos anos de 1940, logo que sentou Praça como Soldado, e o considerado “super atleta” Abelardo, o grande corredor, principalmente,  nos anos de 1970 a 1980, que ganhou 10 corridas “Coronel Fontoura” (antiga Volta da cidade) como primeiro lugar, nos mostra uma memória do esporte que conta a história da Polícia Militar, seus sujeitos e sua relação com a sociedade belenense. Memórias que nos leva a pensar como a “Corporação de Fontoura” também pode ser estudada por eventos que aparentemente não estão ligados à Segurança Pública, mas, que na realidade nos mostram um outro olhar que pode ser lançado sobre os sujeitos que vestiam da farda da Polícia Militar dentre os anos de 1937 a 1975 e que   apresentam as rupturas e continuidades históricas de uma Instituição quase bicentenária, intimamente envolvida com a história do Pará.    

REFERÊNCIAS

CANCELLA, Karina Barbosa. As forças armadas e os jogos esportivos do centenário de 1922. In: SANTOS, João Manuel C. Malaia & MELO, Victor Andrade de. 1922. Celebrações esportivas do centenário. Rio de Janeiro: 7letras: Faperj, 2012.  p.p. 118-141.

CASTRO, Celso. A invenção do Exército brasileiro. (coleção descobrindo o Brasil) Rio de Janeiro: Jorge Zahar editora, 2002. p.p. 20-21.

CRUZ, ERNESTO. História do Clube do Remo, 1969.
_______________. Ruas de Belém: significado histórico de suas denominações. 2ª edição, Belém: CEJUP, 2013. pp. 32.
_______________. História de Belém. 1º e 2º volume. Belém: coleção amazônica, série José Veríssimo, UFPA, 1973. p. 52.
DA COSTA, Ferreira. Parazão centenário: a história do campeonato paraense de futebol.  Belém: 2012.  p.p. 65-72
DE DECCA, Edgar Salvatori. 1930. O Silêncio dos Vencidos: Memória, História e revolução. São Paulo: Brasiliense, 2004.
FARIAS, William Gaia. Do Corpo de Polícia ao Regimento Militar: reorganizações, condições materiais e conteúdos simbólicos – dos anos finais do Império a Guerra de Canudos. Revista territórios e fronteiras. Cuiabá, vol. 6, n 1, jan-jun, 2013. p.p. 229-231.

GAUDÊNCIO, Itamar Rogério Pereira. Football suburbano e festivais esportivos: lazer e sociabilidade nos clubes de subúrbio em Belém do Pará (1920-1952). Tese. Belém: PPHIST,   UFPA, 2016.

MARRECA, Orvácio Deolindo da Cunha (Org.). Histórico da Polícia Militar do Pará: desde seu início (1820) até 31 de Dezembro de 1939. Belém: Oficinas Gráficas do Instituto Lauro Sodré, 1940. p. 244-246.
MATOS, Rafael. Sportmen nas redações: o jornalismo esportivo na Belle Époque. (artigo) Belém: 2º Encontro Regional Norte de História da mídia, 2º seminário de História, cultura e meios de comunicação na Amazônia. UFPA, 2012.

Ofício s/n da Polícia Militar do Estado ao Clube São Domingos, 20 de Julho de 1937. arquivo documental do São Domingos. 

SARGES, Maria de Nazaré. Memórias do Velho Intendente Antonio Lemos. (1869-1973). Belém: Paka-tatu, 2002. p.p. 64. 

ENTREVISTA FEITA pelo Historiador Major Ronaldo Charlet no dia 20/05/2016 com o Coronel PM ANASTÁCIO DAS NEVES. ACERVO DO MUSEU DA PMPA.  
ENTREVISTA FEITA pelo historiador CAP PM Itamar Gaudêncio com o TEN PM RR ABELARDO NEVES COSTA, NO DIA 11/08/2016.

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