quinta-feira, 30 de julho de 2020

MOVIMENTO TENENTISTA NO PARÁ - PARTE 4

    O interior do nosso Estado também sofreu as consequências do movimento armado de 1924, pois os insurretos do Amazonas atacaram as cidades de Óbidos, Santarém e Alenquer, depondo as autoridades constituídas e seus respectivos destacamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
REGO, Orlando de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Pará 1822 - 1930. Belém: Falangola, 1981.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

ACONTECEU NA PM DO PARÁ (CONVOCAÇÃO DA TROPA PARA A GUERRA DE CANUDOS)

Em 29 de julho, o Governador do estado enviou ao comandante do Regimento Militar do Estado, o seguinte ofício:

“Palácio do governo do Estado do Pará. Belém, 29 de julho de 1897. Sr. Coronel Comandante do regimento Militar do Estado.

Comunico-vos, para os devidos fins, ter o cidadão Presidente da República aceito o oferecimento que, em março próximo passado, fiz em nome do estado, do seu brioso Regimento, para auxiliar a divisão do Exército Nacional.

Congratulo-me em nome do estado, com o brilhante regimento sob vossa esclarecida direção, por ser-vos dado concorrente com o contingente de vosso esforçado patriotismo, para a defesa da ordem pública, dos interesses morais e materiais da Federação e, quiçá, das nossas instituições ameaçadas neste momento difícil da nossa evolução política, de perigos de toda ordem que podem faze-la estremecer nos seus alicerces, ainda mal consolidados.

O Estado do Pará confia que o seu brioso regimento saberá louvar as tradições desta terra patriota, na qual o sentimento republicano acrisolado, o amor intenso às instituições são o elemento predominante a orientar as aspirações, a ditar os seus atos, incitar os seus estímulos, a honrar seus sacrifícios.

A confiança plena no patriotismo, disciplina e valor do Regimento do Estado, faz pressagiar brilhante sucesso e gloriosos triunfos que vos tornarão beneméritos da Pátria.

Recomento que, com toda urgência, tenhais prontos a marchar à primeira voz, o 1º e 2º Batalhões de Infantaria desse regimento. (a) JOSE PAES DE CARVALHO”

FONTE: REGO, Orlando L.M. de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822 - 1930). Belém: Falangola, 1981.

 


MOVIMENTO TENENTISTA NO PARÁ - PARTE 3

O RECONHECIMENTO AOS BONS SERVIÇOS PRESTADOS

    Por ato de 28/07/1924, através do Decreto Nº 4.090 e 4.092, foram promovidos por bravura a Capitão o 1º Tenente Henrique Ferreira da Silva; a 1º Tenente, o 2º Tenente Plácido Martins Pereira.

    O reconhecimento das praças se deu por ato do Comandante Geral, promovendo os Cabos Raymundo Pedro da Costa e João Horácio da Silva e os Soldados Cláudio de Castro Pereira e Gemino Ferreira Gomes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
REGO, Orlando de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Pará 1822 - 1930. Belém: Falangola, 1981.

    


terça-feira, 28 de julho de 2020

MOVIMENTO TENENTISTA NO PARÁ - PARTE 2

O COMBATE DE 28 DE JULHO DE 1924

    Em continuidade aos acontecimentos do dia 27 de julho de 1924, a luta recomeçou ao amanhecer do dia, mas a força policial agora era apoiada por dois canhões "Hotchkiss", conseguindo repelir os rebeldes até a praça Justo Chermont (largo de Nazaré), onde a luta se deu ferrenha até por volta da meia noite quando os últimos defensores do 26º Batalhão de Caçadores (Exército) fugiram pelos fundos do edifício (REGO, 1981: 158).
    Ao todo, tomaram parte nessa força repressiva para restauração da ordem:

TABELA I
MILITARES (FEDERAIS E ESTADUAIS) EMPREGADOS NOS COMBATES DE 27 E 28/07/1924
 Unidades Militares OficiaisPraças  Total
Batalhão de Infantaria 11 140  151
Companhia de Administração (Exército) 60  65
 Piquete de Cavalaria 2 32 34
 Total 18 232 250
Fonte: REGO, 1981: 157

TABELA II
FORÇAS CIVIS EMPREGADAS NOS COMBATES DE 27 E 28/07/1924
 Unidades de Civis Quantidade
 Guardas Civis 56
 Bombeiros Municipais 16
 Quantitativo Total 72

O efetivo total empregado entre militares (estaduais e federais) e civis foi de 292 combatentes, conforme a consolidação das tabelas acima.

A Brigada Militar do Estado (1905-1930), teve entre mortos e feridos o seguinte efetivo:

MORTOS:
1. 1º TEN HENRIQUE FERREIRA DA SILVA;
2. 2º TEN PLÁCIDO MARTINS PEREIRA;
3. CB RAYMUNDO PEDRO DA COSTA;
4. CB JOÃO HORÁCIO DA SILVA FILHO;
5. SD CLAUDIO DE CASTRO PEREIRA;
6. GEMINO FERREIRA GOMES; e
7. RAYMUNDO ALICERIO DA SILVA. 

FERIDOS:
1. 1º TEN JOSÉ ALBINO DE MENEZES;
2. 3º SGT ANTONIO DE PORTO SOARES;
3. MÚSICO LUIZ TOTA PIMENTEL;
4. SD DARIO RANULPHO DA SILVA REGO;
5. SD EDGAR DE SOUZA CORRÊA;
6. SD JOSÉ MAURÍCIO CAVALCANTE;
7. SD RAYMUNDO DAVID DIOGO NUNES;
8. SD ÁLVARO FRANCISCO DA SILVA;
9. SD EUCLYDES MARIANO PEREIRA;
10. SD FRANCISCO HENRIQUE DE OLIVEIRA;
11. SD RAYMUNDO SABINO CORDEIRO; e
12. SD ISAÍAS GOMES DE OLIVEIRA. 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
REGO, Orlando de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822-1930. Belém: Falangola, 1981.

    
    

segunda-feira, 27 de julho de 2020

MOVIMENTO TENENTISTA NO PARÁ - PARTE 1

O COMBATE DE 27 DE JULHO DE 1924*


A revolução paulista de 1924 obrigou ao Governo Federal requisitar, nas guarnições estaduais, vários batalhões de caçadores, a fim de engrossarem as tropas legalistas, sediadas no Rio de Janeiro e que iriam combater os revoltosos.

No Estado do Amazonas, o 27º B.C., sediado em Manaus e o 4º A.C., aquartelado em Óbidos, no Pará, aderiram aos paulistas, o que provocou grande alteração nos ânimos do 26º B.C. de Belém, propalando-se que o mesmo não embarcaria para o sul, porque não desejavam combater contra seus próprios irmãos.

Confirmando aqueles propósitos, às 21,30 horas de 26 de julho, revoltou-se a 2ª Companhia do 26º B.C., que deveria seguir para Óbidos, no vapor “Rodrigues Alves” do Loyd Brasileiro e, liderada pelo Capitão Augusto Assis de Vasconcellos, efetuou a prisão de seu comandante, Tenente Josué Justiniano Freire e de outros oficiais, que não aderiram ao movimento.

Ficara fora do movimento a 3º Companhia, que, sob o comando do Tenente João da Costa Palmeira, tinha se deslocado, anteriormente, para guarnecer o Forte do Castelo.

Mais tarde, aderindo ao levante, revoltou-se, também, a Companhia de Administração, que se achava no Quartel-General, cujo edifício foi abandonado, ficando, apenas, alguns oficiais e praças. Nesta aflitiva situação, a pedido do Coronel Barbosa, comandante da região militar, um contingente de 16 Bombeiros deslocou-se de seu quartel, a fim de ocupar aquele prédio, sendo logo organizada uma linha de defesa.

Cerca de 14,30 horas do dia 27 de julho, dando execução ao plano de ataque, elaborado pelo Comando Geral, o Batalhão de Infantaria da Polícia Militar, composto de 11 oficiais e 140 praças, armados de fuzil “Mauser” e reforçados por uma metralhadora “Nordenfelt” de cal. 25 mm, comandados pelo Major Taciel Cylleno e pelo Capitão Antônio José do Nascimento, acompanhados por 56 guardas civis, deslocou-se até a Praça da República, a fim de atacar os revoltosos do 26º B.C.

Entremente foi designado que um piquete de Cavalaria, constituído por 2 oficiais e 32 praças armadas de mosquetões “Mauser”, sob o comando do Tenente Henrique Ferreira da Silva, fosse efetuar um reconhecimento pela avenida São Jerônymo, que, presumivelmente, deveria estar ocupada pelos rebeldes. Efetivamente, uma tropa do 26º B.C., constituída de 54 homens, dirigidos pelo Capitão Augusto Assis de Vasconcellos, deslocando-se do seu quartel da Praça Justo Chermont, dirigindo-se pela avenida Nazareth, tinha ocupado alguns pontos destas duas artérias.

O Piquete de Cavalaria, ao atingir a esquina da travessa Ruy Barbosa, foi tiroteado por patrulhas adversárias, entrincheiradas nas mangueiras e noutros obstáculos, existentes nas ruas. Atingido, justamente com sua montada, o Tenente Henrique Ferreira da Silva caiu mortalmente ferido, tendo, em consequência, o piquete recuado sob intenso e violento fogo dos rebeldes.

Outros elementos do 26º B.C., chefiados pelo Capitão Augusto Assis de Vasconcellos, então apeado de sua montada, que fora ferida no Largo da Memória, foi progredindo gradativamente até a Praça da República, onde a força policial estava concentrada e entrincheirada. Ao alcançar o cruzamento da Dr. Moraes, a tropa rebelde era quase atingida por fios de alta tensão, que, ao romper-se, provocaram sua momentânea desorganização. Prosseguindo em sua jornada, os amotinados, depois de passarem em frente a Garage Central, atingiram a Praça da República, onde foram recebidos por nutrido fogo de fuzis e rajadas de metralhadora, provocando o desbaratamento dos mesmos.

Depois de organizados, o Capitão Assis de Vasconcellos determinou uma carga de baioneta, conseguindo desalojar os legalistas daquelas posições, os quais recuaram em direção ao quartel do Batalhão de Infantaria, localizado na rua Gaspar Viana.

Atacam os revoltosos e, depois de se apoderarem da sede do Tiro 14, situado na avenida Ferreira Pena (hoje Assis de Vasconcellos), esquina da Ó de Almeida, prosseguiram no seu avanço, quando foram surpreendidos por fortes descargas de fuzilaria dos legalistas, que, reorganizados em nova linha de defesa, estavam entrincheirados nos muros e telhados da Serraria Batista Lopes, à rua 28 de Setembro, sendo, nesta ocasião, morto o Cabo Joaquim da Silva Pantoja e feridos o Capitão Augusto Assis de Vasconcellos, que depois veio a falecer, o Tenente Edgar Eremita da Silva e o Soldado Humberto Pacífico de Souza.

Com seu comandante fora de combate, os amotinados ficaram desorientados e, cerca de 16,00 horas, desarticulando-se, divididos em grupos, tomaram várias direções, tendo um deles seguido pela Aristides Lobo, a fim de tentar o assalto ao Quartel-General, onde pretendiam municiar-se e fazer dali o centro de operações para o ataque ao Palácio do Governo.

Travado cerrado combate contra os defensores do Q.G., constituídos pela Companhia de Administração, com efetivo de 5 oficiais e 60 praças (muitos dos quais já tinham anteriormente desertado), apoiada por quatro metralhadoras “Nordenfelt” e reforçada por 16 Bombeiros que armados de fuzis “Mauser” estavam organizados em linha de defesa na Praça Saldanha Marinho (atual Praça da Bandeira). Os rebeldes, depois de terem aprisionado, na rua de Bragança, duas patrulhas de reconhecimento dos legalistas, comandadas, respectivamente, pelos Sargentos Nehemias Borges e Lauro Vianna, e realizados três ataques àquele próprio federal, repelidos heroicamente, vendo infrutíferos os seus assédios, recuaram e fugiram em direção ao seu quartel (VER O CROQUIS).

Durante a noite, elementos do 26º B.C., postados na avenida Nazareth, abrigados pelas sarjetas, portas dos prédios, postes de iluminação e mangueiras, ainda combatiam com a tropa policial, até que foi gradativamente diminuindo de intensidade a luta, registrando-se, apenas, de vez em quando, trocas de tiros e ligeira fuzilaria.

* trecho extraído do livro "Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822-1930" de autoria do membro do IHGP Orlando L. M. de Moraes Rego, publicado em Belém, em 1981. Páginas 154 a 158.


ACONTECEU HOJE NA PMPA (CORPO MILITAR DE POLÍCIA)

A 27 de julho de 1889 foi exonerado do corpo de polícia o Tenente-Coronel Manoel Nonnato Neves de Seixas, sendo substituído pelo Major Raimundo Antonio Fernandes de Miranda.

terça-feira, 14 de julho de 2020

ACONTECEU HOJE NA PMPA (CORPO PARAENSE DE VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA)

Foi efetivada na data de hoje (14/07/1870), através da Ordem do Dia Nº 4, o Corpo Paraense de Voluntários da Pátria, que lutou na Guerra do Paraguai.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ACONTECEU HOJE NA PMPA (Corpo Provincial de Caçadores de Polícia)

Assumiu, interinamente, o comando da corporação, no dia 13/07/1850 o Major Joaquim Victorino de Souza Cabral, por ter sido dispensado o Major Christiano Pereira de Azevedo Coutinho.

FONTE:
REGO, Orlando L.M. de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822-1930. Belém: Falangola, 1981.

domingo, 12 de julho de 2020

ACONTECEU HOJE NA PMPA (CORPO PARAENSE DE VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA)


"Finalmente, o Presidente da Província, determinou através do Ofício Nº 304, de 12 de julho de 1870 e, de acordo com o Aviso-Circular do Ministério da Guerra, de 22 de abril deste ano, a dissolução do Corpo Paraense de Voluntários da Pátria, efetivada pela Ordem do Dia Nº 4 de 14 de julho de 1870 do comando da corporação".

Fonte: REGO, Orlando L.M. de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822 - 1930. Belém: Falangola, 1981.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

O POLICIAMENTO DE BELÉM DURANTE A GUERRA DE CANUDOS (1897)

Para o policiamento da cidade, durante a ausência dos 1º e 2º Corpos de Infantaria, que deveriam seguir para  Canudos, foi criada, através do decreto Nº 465, de 30 de julho deste mesmo ano, uma Guarda Cívica, que ficaria sob  comando do Capitão Fernando Garrocho de Brito, até a sua extinção em 10 de novembro de 1897.

FONTE: REGO, Orlando L.M. de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822 - 1930). Belém: Falangola, 1981.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

MÉDICO VETERINÁRIO NA PMPA

No dia 17 de junho de 1897, foram contratados para o Corpo de Cavalaria, a fim de servirem como Médico-Veterinário o Dr. Fernando Carlos Correa Mendes e como Picador o Sr. Luiz Gomes freire de Quadro. 

FONTE: REGO, Orlando L.M. de Moraes. Retrospectivo Histórico da Polícia Militar do Estado do Pará 1822 - 1930). Belém: Falangola, 1981.


quarta-feira, 8 de julho de 2020

Biografia do 6º Comandante-Geral do período republicano


Biografia do Tenente Coronel de Infantaria do Exército Brasileiro RAIMUNDO FURTADO DE LEÃO, 6º Comandante-Geral do período republicano (10/07/1923 a 16/04/1926).

Seu comando foi marcado pelo movimento tenentista, que desembocaram em confrontos entre os militares do Exército e a Brigada Militar do Estado, com destaque para os combates ocorridos em Belém a 27 e 28/07/1924, assim como a mobilização de tropa para defender as fronteiras do Pará dada a movimentação da Coluna Prestes por Goiás e Maranhão.


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BG 224, DE 17/12/1964 - QUINTA-FEIRA

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