PARTE IX
Ainda os trophéos da Força Publica – O accusado da venda
escapou á prisão pela porta do “habeas-corpos”. (escrita da época)
Annunciou a imprensa que vinha ahi Marcolino Carvalho,
ex-thesoureiro da Policia na administração Eduardo Chermont, preso na Parayba,
á requisilção da Policia deste Estado.
Como se não ignora, Carvalho é accusado de ter vendido os
trophéos da Força Policial, locupletendo-se com o dinheiro.
A sua presença aqui teria o effeito de pôr luz na muita
escuridade ainda reinante no assumpto; mas uma ordem de “habeas-corpus”,
impetrada ao juiz federal da Parayba restituiu-o á liberdade, permittindo-lhe lá
ficar, sob o fundamento de que a requisição regular devera ter sido feita pelo
governador e não pela Policia.
É lastimavel que esse contratempo deixe por averiguar em
todos os seus detalhes um facto que interessa a uma corporação inteira, privada
criminosamente da posse de objectos que eram seu patrimonio de honra.
Parece que a prisão pedida por via competente ainda podia
ser requisitada, se Carvalho já não emprestou a perna da cotia para se pôr a
salvo da cadeia.
A verdade é que emquanto elle não for ouvido, ficam por ser
conhecidos e punidos os seus cumplices, que, de certo, os teve. (escrita da época)
Fonte: Jornal Folha
do Norte, pag. 2 de 13 JUL 1936 – Biblioteca Artur Vianna.
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